sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Safe and Sound - Capítulo 7 - 1ª Temporada
- Quem é o garoto de cabelo ruivo? - perguntei. Eu o espiei pelo
canto do olho e ele ainda estava me encarando, mas não aparvalhado como
os outros alunos. Tinha uma expressão meio frustrada. Olhei para baixo
novamente
- É o Justin. Ele é lindo, é claro, mas não perca seu tempo. Ele não
namora. Ao que parece, nenhuma das meninas daqui é bonita o bastante
para ele. - Ela fungou, um caso claro de dor de cotovelo. Eu me perguntei
quando é que ele a tinha rejeitado.
Mordi o lábio para esconder meu sorriso. Depois olhei para ele de novo.
Seu rosto estava virado para o outro lado, mas achei que sua bochecha pa-
recia erguida, como se ele também estivesse sorrindo.
Depois de mais alguns minutos, os quatro saíram da mesa juntos. To-
dos eram muito elegantes - até o grandalhão de cabelo castanho. Era
perturbador de ver. O garoto chamado Justin não olhou novamente
para mim.
Fiquei sentada à mesa com Paula e os amigos dela por mais tempo do
que teria ficado se eu estivesse sozinha. Estava ansiosa para não me atrasar
para as aulas no meu primeiro dia. Uma de minhas novas conhecidas, que
me lembrava repetidamente de que seu nome era Ângela, tinha biologia 2
comigo no próximo tempo. Seguimos juntas em silêncio para a sala. Ela
também era tímida.
Quando entramos na sala, Ângela foi se sentar em uma carteira de tam-
po preto exatamente como aquelas que eu costumava usar. Ela já tinha
uma vizinha. Na verdade, todas as cadeiras estavam ocupadas, exceto uma.
Ao lado do corredor central, reconheci Justin por seu cabelo inco-
mun, sentado ao lado daquele lugar vago.
Enquanto eu andava pelo corredor para me apresentar ao professor e
conseguir que assinasse minha caderneta, eu observava furtivamente. As-
sim que passei, ele de repente ficou rígido em seu lugar. Ele me encarou
novamente, encontrando meus olhos com a expressão mais estranha do
mundo - era hostil, furiosa. Desviei os olhos rapidamente, chocada, ru-
borizando de novo. Tropecei em um livro no caminho e tive que me apoiar
na beira de uma mesa. A menina sentada riu.
Percebi que os olhos dele eram pretos - pretos como carvão.
O Sr. Bunner assinou minha caderneta e me passou um livro, sem ne-
nhum dos absurdos das apresentações. Eu podia dizer que íamos nos dar
bem. É claro que ele não teve alternativa a não ser me mandar para o lugar
vago no meio da sala. Mantive os olhos baixos enquanto fui me sentar ao
lado dele, desconcertada pelo olhar hostil que ele me lançara.
Não olhei para cima ao colocar os livros na carteira e tomar meu lugar,
mas, pelo canto do olho, vi sua postura mudar. Ele estava inclinado para
longe de mim, sentado na ponta da cadeira, e desviava o rosto como se
sentisse algum fedor. Imperterritamente, cheirei meu cabelo. tinha chei-
ro de morango, o aroma de meu xampu preferido. Parecia um odor bem
inocente. Deixei meu cabelo cair no meu ombro direito, criando uma cortina
escura entre nós, e tentei prestar atenção no professor.
Infelizmente a aula era sobre anatomia celular, uma coisa que eu já es-
tadara. De qualquer modo, tomei notas cuidadosamente, sempre olhando
para baixo.
Não consegui deixar de espiar de vez em quando, através da tela de
meus cabelos, o estranho garoto sentado ao meu lado. Durante toda a aula,
ele não relaxou um minuto da postura rígida na ponta da cadeira, sen-
tando-se o mais distante possível de mim. Eu podia ver que suas mãos na
na perna esquerda estavam fechadas em punho, os tendões sobressaindo por
baixo da pele clara. Isso também ele não relaxou. Estava com as mangas
compridas da camisa branca enroladas até o cotovelo e o braço era surpreen-
dentemete rijo e musculoso sob a pele clara. Ele não era nem de longe
frágil como parecia ao lado do irmão mais forte.
A aula parecia se arrastar mais do que as outras. Seria porque o dia
finalmente estava chegando ao fim, ou porque eu esperava que o punho
dele relaxasse? Não aconteceu: ele continuou sentado tão imóvel que
nem parecia respirar. Qual era o problema dele? Sera que este era seu
comportamento normal? Questionei a avaliação que fiz de amargura de
Paula no almoço hoje. Talvez ela não fosse tão ressentida quanto eu
pensava.
Isso não podia ter nada a ver comigo. Até hoje ele nem me conhecia.
Eu o espiei mais uma vez e me arrependi disso. Ele agora me encarava
de cima, os olhos pretos cheios de repugnância. Enquanto eu me afastava,
encolhendo-me na cadeira, de repente pessou por minha cabeça a expressão
''como se pudesse me matar''.
Naquele momento, o sinal tocou alto, fazendo-me pular, e Justin Bie-
ber estava fora de sua carteira. Com fluidez, ele se levantou de costas para
mim - era muito mais alto do que eu pensava - e estava do lado de fora
da porta antes que qualquer outro tivesse saído da carteira.
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oieee, desculpa pela demora de postar eu vo ver se consigo postar mais vezes.
espero que gostem :D
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